Brooklyn Bridge (Ponte do Brooklyn)

Perguntas e mais perguntas.

"Já decifrou o enigma?", indagou o Chapeleiro, voltando-se de novo para Alice. "Não, desisto", Alice respondeu. "Qual é a resposta?" "Não tenho a menor ideia", disse o Chapeleiro. "Nem eu", disse a Lebre de Março. Alice suspirou, entediada. "Acho que vocês poderiam fazer alguma coisa melhor com o tempo", disse, "do que gastá-lo com adivinhações que não têm resposta."

A voz dela repercurtiu pelo espaço entre elas, e por um momento lembrei de Anne Hunterfox, a irmã da bruxa que estava ao meu lado. Um bruxa curiosa, de fato, e até mesmo com um "espírito de vampiro", se não era de me falhar a memória ela havia se tornado uma espécie de caçadora. No entanto, apesar destas coisas, e até mesmo de saber onde Anne estava, eu não falara nada. Resolvi por fim direcionar-me à segunda fala da garota.

– Demétria Kirchnen Loeser… – Pronunciei mais como se tivesse pensando alto e em seguida fitei a loira ao meu lado. Assim como em relação à Anne eu tinha informações sobre Demetria. – Bom, sei algumas coisas.

Um sorriso percorreu meus lábios enquanto meus olhos ficavam atentos para os humanos ao redor por um momento. Eles não pareciam prestar atenção em nossa conversa, o que era bom, já que poderiam acabar se interessando por nossa palavras. Não havia presença de outros seres "anormais" por ali, caso houvesse era pouco provável que fizessem uma cena histérica e dramática como provavelmente fariam se nos encontrassem em um local deserto ou fechado, afinal, bruxos e humanllers não são os seres mais amados do universo "mágico".

Outros pensamentos perambulavam por minha mente, outros profundos e trancafiados em meu interior. Suspirei baixo para mim mesma pensado nos papeis que havia trazido comigo, não serviriam para muita coisa, de fato… Eles nunca serviam.

– O que deseja saber especificamente sobre Demétria? – Perguntei, voltando a fita o horizonte e perdendo meu frio e vazio olhar nele, porém atenta aos sons à minha volta e a possível resposta que receberia.